Dezembro 2008
- Ainda se recorda do seu primeiro emprego?
R: lembro-me muito bem.
- Qual foi, onde, quando e durante quanto tempo?
R: foi na Hidroprojecto, Consultores de Hidráulica e Salubridade, SA, em Lisboa. Comecei por um estágio que começou em Setembro de 1978 e creio que fiquei na empresa cerca de 10 anos.
- Quais eram as suas funções, concretamente?
R: eram as de engenheiro projectista.
- Como arranjou esse emprego?
R: o estágio fazia parte integrante da licenciatura em engenharia civil na Academia Militar. Era a Academia que solicitava às empresas a oferta de estágios aos alunos recém-formados. No meu caso, e também de um colega meu, foi solicitado um estágio à Hidroprojecto.
- Tem alguma história engraçada que recorde dessa altura?
R: Tive muito bons momentos com alguns colegas de trabalho, mas não me ocorre agora nenhuma história engraçada em particular.
- Onde nasceu, onde estudou, porque fez determinada escolha profissional.
R: nasci em Lisboa. Fiz a 4ª Classe na escola primária nº 24 em 1966, estudei no Liceu Padre António Vieira entre 1966 e 1973, e na Academia Militar entre 1973 e 1978 onde tirei o curso de Engenharia Civil. A opção por este curso foi algo que sempre esteve no meu pensamento desde jovem.
- Foi importante o seu primeiro emprego? Porquê?
R: foi muito importante, pois foram tempos em que tive a oportunidade de aprender muito do ponto de vista profissional e pessoal.
- Essa experiência influenciou-o pessoalmente e profissionalmente?
R: sem dúvida, como acabei de referir. Foi uma experiência muito rica do ponto de vista profissional, tendo aprendido muito, em especial pelo facto de ter tido a sorte de estar envolvido em projectos muito interessantes e estar rodeado de alguns profissionais de grande qualidade. Para além disso, tive nesse período a oportunidade de tirar um curso de pós-graduação na Holanda, na especialidade de Hidráulica Fluvial, entre 1981 e 1982, com uma bolsa de estudo do Estado português e o apoio da empresa. Ao longo destes anos conheci profissionais de grande valor profissional e excelentes qualidades humanas. Durante um ano, fui também delegado sindical da empresa junto do Sindicato dos Engenheiros da Região Sul.
- Lembra-se do que achou do mundo do trabalho, na altura?
R: Quase todo este período foi anterior à entrada de Portugal na então Comunidade Económica Europeia, período este que não era fácil do ponto de vista do desenvolvimento económico e social. Recordo-me também que havia na administração pública, mais do que no sector privado, uma percentagem muito significativa de trabalhadores com reduzida formação profissional. No mundo da engenharia, constatei que havia no país um número muito grande de excelentes profissionais, que podiam ombrear com os melhores do mundo.
- Mudou a sua opinião?
R: Nos primeiros anos após a entrada de Portugal na CEE verificou-se um significativo desenvolvimento do país, pese embora ter a sensação de que se poderia ter feito mais em matéria de formação profissional. Continuam hoje a subsistir atrasos estruturais em certos sectores, com um desemprego preocupante. Pior do que isso, há hoje muitos jovens recém-licenciados que procuram emprego no estrangeiro e emigram. Constato também, com alguma tristeza, que a engenharia e os engenheiros têm vindo a ter um papel menos importante em muitos dos grandes projectos do país.
- O que acha, presentemente, do mundo do trabalho?
R: Não conheço em detalhe o chamado mundo do trabalho, mas o contexto actual parece ser de grande preocupação para um grande número de trabalhadores, face a um certo abrandamento da actividade económica e a um aumento do desemprego.
- Tem a profissão que um dia imaginou?
R: Sem dúvida. A actividade de engenharia é aquela onde sempre quis estar inserido. Tive a sorte de estar envolvido em projectos de grande importância e participei em actividades tão diversas como as de investigação, de projecto ou de ensino, que ainda desenvolvo. Para além das funções de responsabilidade governativa e autárquica, onde a minha formação profissional me foi muito útil, tive ainda uma experiência extremamente gratificante, ligada a uma grande associação não governamental, a Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos.
- Como é o seu dia-a-dia?
R: É sempre bem preenchido, desdobrando-me pelas várias actividades a que estou hoje ligado. Normalmente estou de manhã na Faculdade (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa), onde sou professor há vários anos. Aproveito muitas vezes as horas do almoço para fazer reuniões de trabalho à volta de uma refeição ligeira.
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Quais são os seus 10 conselhos (justifique com 4 ou 5 linhas cada um, s.f.f - à volta de 1900/2000 caracteres)
R: não costumo dar conselhos de forma abstracta, faço-o em geral se me for dirigido um pedido expresso e bem definido.
Qual o valor do seu primeiro salário? Achou muito ou pouco? Fez questão de comprar alguma coisa em especial?
R: acho que foi cerca de 9 contos (mais ou menos 45 euros) e na altura achei razoável para um recém-licenciado. Fui comprar um casaco para mim e um candeeiro de petróleo para oferecer à minha Mãe.
Quais são os pontos altos da sua vida profissional? (6 ou 7 com as respectivas funções e datas) Pode enviar também um CV?
R: A licenciatura em Engenharia Civil (1978); o curso de especialização em Hidráulica, em Delft (1981-1982); o doutoramento em Engenharia do Ambiente (1992); o convite para assessor do Secretário de Estado do Ambiente (1993-1995); a presidência da Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos (2000-2002); o convite para o cargo de Ministro das Obras Públicas, Transportes e Habitação (2003-2004).
- Nome completo:
António Pedro de Nobre Carmona Rodrigues
- Idade:
52 anos
- Local de nascimento/País:
Lisboa/Portugal
- Curso(s):
Engenharia Civil
- Escola/Faculdade:
Academia Militar
- O que o levou a escolher esse curso:
O gosto pela engenharia, a capacidade de contribuir para a resolução de problemas.
- Hobbies:
Restauro e condução de motas clássicas
- Projectos Actuais:
São variados, a nível profissional. Destaco a coordenação do Mestrado em Engenharia e Gestão da Água, na FCT (Universidade Nova de Lisboa) e a preparação uma nova edição do livro que escrevi em 2000 para a Inapa, intitulado “Albufeiras de Portugal”. A nível pessoal, a preparação para a participação num rally internacional com um Jipe 4x4, em 2009.
- Ainda se recorda do seu primeiro emprego?
R: lembro-me muito bem.
- Qual foi, onde, quando e durante quanto tempo?
R: foi na Hidroprojecto, Consultores de Hidráulica e Salubridade, SA, em Lisboa. Comecei por um estágio que começou em Setembro de 1978 e creio que fiquei na empresa cerca de 10 anos.
- Quais eram as suas funções, concretamente?
R: eram as de engenheiro projectista.
- Como arranjou esse emprego?
R: o estágio fazia parte integrante da licenciatura em engenharia civil na Academia Militar. Era a Academia que solicitava às empresas a oferta de estágios aos alunos recém-formados. No meu caso, e também de um colega meu, foi solicitado um estágio à Hidroprojecto.
- Tem alguma história engraçada que recorde dessa altura?
R: Tive muito bons momentos com alguns colegas de trabalho, mas não me ocorre agora nenhuma história engraçada em particular.
- Onde nasceu, onde estudou, porque fez determinada escolha profissional.
R: nasci em Lisboa. Fiz a 4ª Classe na escola primária nº 24 em 1966, estudei no Liceu Padre António Vieira entre 1966 e 1973, e na Academia Militar entre 1973 e 1978 onde tirei o curso de Engenharia Civil. A opção por este curso foi algo que sempre esteve no meu pensamento desde jovem.
- Foi importante o seu primeiro emprego? Porquê?
R: foi muito importante, pois foram tempos em que tive a oportunidade de aprender muito do ponto de vista profissional e pessoal.
- Essa experiência influenciou-o pessoalmente e profissionalmente?
R: sem dúvida, como acabei de referir. Foi uma experiência muito rica do ponto de vista profissional, tendo aprendido muito, em especial pelo facto de ter tido a sorte de estar envolvido em projectos muito interessantes e estar rodeado de alguns profissionais de grande qualidade. Para além disso, tive nesse período a oportunidade de tirar um curso de pós-graduação na Holanda, na especialidade de Hidráulica Fluvial, entre 1981 e 1982, com uma bolsa de estudo do Estado português e o apoio da empresa. Ao longo destes anos conheci profissionais de grande valor profissional e excelentes qualidades humanas. Durante um ano, fui também delegado sindical da empresa junto do Sindicato dos Engenheiros da Região Sul.
- Lembra-se do que achou do mundo do trabalho, na altura?
R: Quase todo este período foi anterior à entrada de Portugal na então Comunidade Económica Europeia, período este que não era fácil do ponto de vista do desenvolvimento económico e social. Recordo-me também que havia na administração pública, mais do que no sector privado, uma percentagem muito significativa de trabalhadores com reduzida formação profissional. No mundo da engenharia, constatei que havia no país um número muito grande de excelentes profissionais, que podiam ombrear com os melhores do mundo.
- Mudou a sua opinião?
R: Nos primeiros anos após a entrada de Portugal na CEE verificou-se um significativo desenvolvimento do país, pese embora ter a sensação de que se poderia ter feito mais em matéria de formação profissional. Continuam hoje a subsistir atrasos estruturais em certos sectores, com um desemprego preocupante. Pior do que isso, há hoje muitos jovens recém-licenciados que procuram emprego no estrangeiro e emigram. Constato também, com alguma tristeza, que a engenharia e os engenheiros têm vindo a ter um papel menos importante em muitos dos grandes projectos do país.
- O que acha, presentemente, do mundo do trabalho?
R: Não conheço em detalhe o chamado mundo do trabalho, mas o contexto actual parece ser de grande preocupação para um grande número de trabalhadores, face a um certo abrandamento da actividade económica e a um aumento do desemprego.
- Tem a profissão que um dia imaginou?
R: Sem dúvida. A actividade de engenharia é aquela onde sempre quis estar inserido. Tive a sorte de estar envolvido em projectos de grande importância e participei em actividades tão diversas como as de investigação, de projecto ou de ensino, que ainda desenvolvo. Para além das funções de responsabilidade governativa e autárquica, onde a minha formação profissional me foi muito útil, tive ainda uma experiência extremamente gratificante, ligada a uma grande associação não governamental, a Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos.
- Como é o seu dia-a-dia?
R: É sempre bem preenchido, desdobrando-me pelas várias actividades a que estou hoje ligado. Normalmente estou de manhã na Faculdade (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa), onde sou professor há vários anos. Aproveito muitas vezes as horas do almoço para fazer reuniões de trabalho à volta de uma refeição ligeira.
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Quais são os seus 10 conselhos (justifique com 4 ou 5 linhas cada um, s.f.f - à volta de 1900/2000 caracteres)
R: não costumo dar conselhos de forma abstracta, faço-o em geral se me for dirigido um pedido expresso e bem definido.
Qual o valor do seu primeiro salário? Achou muito ou pouco? Fez questão de comprar alguma coisa em especial?
R: acho que foi cerca de 9 contos (mais ou menos 45 euros) e na altura achei razoável para um recém-licenciado. Fui comprar um casaco para mim e um candeeiro de petróleo para oferecer à minha Mãe.
Quais são os pontos altos da sua vida profissional? (6 ou 7 com as respectivas funções e datas) Pode enviar também um CV?
R: A licenciatura em Engenharia Civil (1978); o curso de especialização em Hidráulica, em Delft (1981-1982); o doutoramento em Engenharia do Ambiente (1992); o convite para assessor do Secretário de Estado do Ambiente (1993-1995); a presidência da Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos (2000-2002); o convite para o cargo de Ministro das Obras Públicas, Transportes e Habitação (2003-2004).
- Nome completo:
António Pedro de Nobre Carmona Rodrigues
- Idade:
52 anos
- Local de nascimento/País:
Lisboa/Portugal
- Curso(s):
Engenharia Civil
- Escola/Faculdade:
Academia Militar
- O que o levou a escolher esse curso:
O gosto pela engenharia, a capacidade de contribuir para a resolução de problemas.
- Hobbies:
Restauro e condução de motas clássicas
- Projectos Actuais:
São variados, a nível profissional. Destaco a coordenação do Mestrado em Engenharia e Gestão da Água, na FCT (Universidade Nova de Lisboa) e a preparação uma nova edição do livro que escrevi em 2000 para a Inapa, intitulado “Albufeiras de Portugal”. A nível pessoal, a preparação para a participação num rally internacional com um Jipe 4x4, em 2009.
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