Alcântara: Carmona concorda com algumas soluçõesCarmona Rodrigues criticou o Governo por "mais uma vez" não ter ouvido a autarquia.
O ex-presidente da Câmara de Lisboa Carmona Rodrigues concorda com algumas das soluções rodo e ferroviárias propostas para a zona de Alcântara, mas criticou o Governo por "mais uma vez" não ter ouvido a autarquia.
"Isto subalterniza completamente toda a Câmara de Lisboa, que deveria ter sido ouvida nesta matéria, e também mostra o tapete cor-de-rosa que há entre este Governo e a presidência da autarquia", afirmou em declarações à Lusa.
Carmona Rodrigues falava a propósito do investimento de 407 milhões de euros para a zona de Alcântara hoje anunciado pelo Governo e que envolve uma intervenção ferroviária, com a criação de um novo nó, e uma portuária, com um novo terminal de contentores, cujas obras começam já e estarão concluídas em 2013.
Dos 407 milhões de euros, 227 milhões são investidos pela Liscont e 180 milhões de euros pela Refer e Porto de Lisboa.
O problema do Nó de Alcântara já se arrasta há vários anos e a intervenção hoje anunciada recupera algumas das soluções avançadas em Maio de 2006, quando Carmona Rodrigues estava à frente da autarquia, nomeadamente a ligação ferroviária desnivelada entre o terminal e a linha de Cintura e a ligação desnivelada da Linha de Cascais com a linha de Cintura, além da nova estação subterrânea de Alcântara-Terra.
"Se o projecto contempla a ligação da Linha de Cascais com a de Cintura, com as necessárias adaptações porque as características de tracção eléctrica são diferentes, e uma ligação ferroviária do Porto de Lisboa a Alcântara-Terra, evitando a formação de comboios na zona frente à Praça das Indústrias, então sim, é um 'dejá-vu'", afirmou, quando questionado sobre os pontos em comum com as propostas que apresentou enquanto presidente da autarquia.
O projecto contempla a ligação da linha ferroviária de Cascais à Gare do Oriente (com posteriores conexões com o TGV e o novo aeroporto) e a triplicação da capacidade de armazenamento no Terminal de Contentores de Alcântara.
Prevê igualmente a ligação por túnel entre o terminal e a Linha de Cintura (ferroviária), um feixe de mercadorias (doca seca) no terminal e uma ligação fluvial entre o Terminal de Contentores de Alcântara e a Plataforma Logística de Castanheira do Ribatejo.
Actualmente, o escoamento de contentores do terminal é feito maioritariamente por estrada (78 por cento). Só 22 por cento saem por via ferroviária.
No futuro (2030), apenas 43 por cento dos contentores sairão por estrada, uma reformulação que tirará da estrada 1.000 camiões por dia.
As propostas apresentadas em 2006 pelo então executivo camarário propunham ainda a extensão da Linha Amarela do Metropolitano até Alcântara, utilizando a futura estação, mas o projecto hoje apresentado não contempla esta opção.
"Para escoar passageiros é essencial levar o metro até Alcântara", considerou Carmona Rodrigues.
Quanto às consequências de qualquer intervenção no subsolo para o Caneiro de Alcântara, Carmona considera que este "não é um problema intransponível" e a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, afirmou que estão a ser elaborados pela REFER estudos prévios que contemplam duas opções: a construção de um túnel para passageiros e outro para mercadorias ou de apenas um que contemple as duas soluções.
"Isto subalterniza completamente toda a Câmara de Lisboa, que deveria ter sido ouvida nesta matéria, e também mostra o tapete cor-de-rosa que há entre este Governo e a presidência da autarquia", afirmou em declarações à Lusa.
Carmona Rodrigues falava a propósito do investimento de 407 milhões de euros para a zona de Alcântara hoje anunciado pelo Governo e que envolve uma intervenção ferroviária, com a criação de um novo nó, e uma portuária, com um novo terminal de contentores, cujas obras começam já e estarão concluídas em 2013.
Dos 407 milhões de euros, 227 milhões são investidos pela Liscont e 180 milhões de euros pela Refer e Porto de Lisboa.
O problema do Nó de Alcântara já se arrasta há vários anos e a intervenção hoje anunciada recupera algumas das soluções avançadas em Maio de 2006, quando Carmona Rodrigues estava à frente da autarquia, nomeadamente a ligação ferroviária desnivelada entre o terminal e a linha de Cintura e a ligação desnivelada da Linha de Cascais com a linha de Cintura, além da nova estação subterrânea de Alcântara-Terra.
"Se o projecto contempla a ligação da Linha de Cascais com a de Cintura, com as necessárias adaptações porque as características de tracção eléctrica são diferentes, e uma ligação ferroviária do Porto de Lisboa a Alcântara-Terra, evitando a formação de comboios na zona frente à Praça das Indústrias, então sim, é um 'dejá-vu'", afirmou, quando questionado sobre os pontos em comum com as propostas que apresentou enquanto presidente da autarquia.
O projecto contempla a ligação da linha ferroviária de Cascais à Gare do Oriente (com posteriores conexões com o TGV e o novo aeroporto) e a triplicação da capacidade de armazenamento no Terminal de Contentores de Alcântara.
Prevê igualmente a ligação por túnel entre o terminal e a Linha de Cintura (ferroviária), um feixe de mercadorias (doca seca) no terminal e uma ligação fluvial entre o Terminal de Contentores de Alcântara e a Plataforma Logística de Castanheira do Ribatejo.
Actualmente, o escoamento de contentores do terminal é feito maioritariamente por estrada (78 por cento). Só 22 por cento saem por via ferroviária.
No futuro (2030), apenas 43 por cento dos contentores sairão por estrada, uma reformulação que tirará da estrada 1.000 camiões por dia.
As propostas apresentadas em 2006 pelo então executivo camarário propunham ainda a extensão da Linha Amarela do Metropolitano até Alcântara, utilizando a futura estação, mas o projecto hoje apresentado não contempla esta opção.
"Para escoar passageiros é essencial levar o metro até Alcântara", considerou Carmona Rodrigues.
Quanto às consequências de qualquer intervenção no subsolo para o Caneiro de Alcântara, Carmona considera que este "não é um problema intransponível" e a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, afirmou que estão a ser elaborados pela REFER estudos prévios que contemplam duas opções: a construção de um túnel para passageiros e outro para mercadorias ou de apenas um que contemple as duas soluções.
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